Aveiro-city, a Trilogia (I- "more apoio" e Gutman)

Esta é a primeira viagem do 7eto Fantástico!
Como sempre, houve complicações variadas (as chamadas "cenas"...) e, em vez de sete, a viagem foi em forma de Trio. O objectivo principal seria (e foi!, embora alguns afirmem que não) assistir ao concerto da GRANDE Natalia Gutman no Auditório de Espinho. Former assistants: Catarina, JP e eu.

O leitor atento perguntará "Mas o concerto não foi em Espinho?", ao que, obviamente, respondo que sim. O leitor, aí, retorque, questionando, e com razão, "então porque é que o título do post se refere a Aveiro?". E a resposta a essa questão dava um livro... Infelizmente, não estamos a pensar publicar (para já!...) um livro sobre esta odisseia. Ainda assim, acreditem!, seria possível...


Tudo aconteceu no passado dia 27 de Julho do Ano da Graça de 2009.


Na planificação constava que o meeting point d'Os Três seria em Aveiro, onde o JP estava a fazer um importantíssimo, renomeadissíssimo, exigentississíssimo Senhor Curso de Canto. A Catarina veio de Lisboa, mais cedo, e assim almoçaram aqueles dois. Eu cheguei, vindo do Porto, de mochila e mala e sacos-cama e casaco, preparado para montar um acampamento cigano, e ainda a tempo de ver uma magnífica aula do JP. A professora, americana, conhecida por "more apoio", deu-se, obviamente, muito bem com ele, até porque "eu não sei o que é que eu (ele) tenho, mas todos os professores gostam muito de trabalhar comigo...!".
AVISO: Cuidado ao passearem-se desprevenidos pelos corredores da Universidade de Aveiro! Lá guardam-se monstros assassinos que se lembram de soltar gemidos ameaçadores durante as Masterclasses de Canto...

Ainda antes disso, deu-se uma sessão extremamente espiritual de leitura de cartas, a cargo do tarólogo Duarte Mayo (o meu nome artístico na área da Adivinhação do Presente e Futuro), acompanhada pela prova e degustação dos já famosos brownies da Catarina, que, na minha opinião de especialista, desta vez foram os melhores de sempre! Os resultados da adivinhação das respectivas vidas amorosas ficará no segredo dos deuses, ou, pelo menos, no nosso... Ao mesmo tempo, a Catarina fazia de diapasão humano para o sempre responsável JP, que não descansava enquanto não tivesse os recitativos e as árias todas decoradas! As dele e as do resto de todo o elenco, não vá alguém esquecer-se...


De seguida, rumo a Espinho, optou-se pela estrada nacional, com o intuito de poupar tempo e dinheiro... Tempo de viagem: 40 minutos. Passámos por sítios de uma beleza rara, como Picoto e Cacia, mas a urgência de chegar à amiga Natalia não nos fez perder nos deleites destas belas terras do nosso Portugal profundo. Quase nos fez perder foi no caminho, e a Catarina e o JP tiveram o déjà vu da famosa "trip to Alverca" (que eu espero que venha a ser publicada, num post a título póstumo, neste blog...). Este déjà vu também se relacionou com o regresso a Aveiro, mas já lá vamos.

Chegados a Espinho, fomos comprar chá e copos para o beber, à falta de chávenas (que eu me recusei a trazer...). De seguida, em busca de sítio para jantar, considerámos ainda o café Teco-Teco, onde "as pessoas são muito rápidas", mas depois preferimos o café América, onde o JP não comeu as ervilhas.
Fomos, tão queridos!, os três de braço dado, pelo meio da rua, por causa dos carros, até ao Auditório, onde encontrámos o Senhor Director Musical João Pedro Mendes dos Santos, que encorajou a Catarina a atacar o vinho do Porto que lá ofereciam, e que estava cheio de saudades da menina Grané, e logo lhe ligou a saber de novidades...

A Gutman (Claudia segundo o JP) fez o que tinha de fazer, nada de surpresas, tocou incrivelmente bem:
- tem um pianista fantástico que, além de fantástico, é um fantástico aldrabão, ainda assim tem nota 19;
- a violinista parece filha dela, menos na afinação, que, em fechando os olhos, se parece ouvir o génio do antro violinistico Luíxssx Tscunhscscha;
- todas estas circunstâncias levaram a que a senhora se partisse a rir a meio do concerto (por sorte, quase no final de um andamento) dado o elevado nível de aldrabice dos seus compinchas russos! Nota 21 para miss Natalia Claudia Gutman!


O concerto acabou tarde, e logo voltámos a Aveiro-city, desta vez pela auto-estrada, onde o JP quase ia acabando com a viagem...! "Tudo controlado", e o tempo de viagem: 20 minutos. De Picoto, desta vez só vimos a placa (com imensa pena nossa). Para compensar, a Catarina viu estrelas cadentes, umas tais que o JP nunca viu... Já agora, de notar que todas as viagens de carro (e não só!...) são sempre animadas por uma luta titânica entre dois gigantes dos fetiches. Ele, nos joelhos dela, o que lhe faz impressão e "é horrível!"; ela, em contra-ataque, com cócegas nele, o que torna a viagem agradavelmente sinuosa...


(end of I),


Duarte